O Jade Autism é um aplicativo para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras comorbidades. Seu objetivo é estimular o desenvolvimento das funções executivas habilidades do cérebro por meio de jogos.
O app foi criado com o auxílio de profissionais especialistas no tratamento do TEA. Por isso, é muito importante para a nossa equipe compartilhar com você alguns conceitos e estudos que são a base do desenvolvimento dos jogos. Portanto, este é o primeiro texto de uma série em que iremos abordar as funções executivas básicas, um conjunto de habilidades cognitivas trabalhadas no
Jade Autism.
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As funções executivas (FE) são um conjunto de habilidades cognitivas responsáveis pelo controle e regulação do nosso comportamento. Elas são imprescindíveis para a organização e adaptação a um ambiente em constante mudança (Jurado e Rosselli, 2007).
Apesar de abranger habilidades distintas, as FEs se inter-relacionam e trabalham de forma conjunta, nos ajudando a iniciar, planejar, sequenciar e monitorar comportamentos e cognições para alcançar um objetivo específico.
Um estudo realizado no ano 2000 por Miyake e outros autores, sugere que as funções executivas são constituídas de três habilidades principais:
Além disso,
funções executivas complexas, como planejamento, tomada de decisão, raciocínio e resolução de problemas, surgem a partir da integração dessas três funções executivas principais.
Segundo Lezak, Howieson e Loring (2004), as FEs são fundamentais para o direcionamento e regulação de várias habilidades intelectuais, emocionais e sociais, solicitadas sempre que precisamos realizar uma tarefa, resolver algum problema ou enfrentar alguma situação nova.
Elas nos ajudam a ter autonomia para tomar decisões, filtrar distrações, associar diferentes informações e nos adaptar às mudanças.
Pesquisadores acreditam que uma das causas possíveis para essa disfunção pode estar relacionada à alterações no córtex pré-frontal. Lesões em diferentes áreas dessa região do cérebro podem ocasionar síndromes neuropsicológicas clinicamente diferentes e perdas cognitivas que comprometem fortemente o comportamento humano.
Além disso, a disfunção executiva é comum em pessoas com condições como Transtorno do Espectro Autista, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), dislexia, epilepsia, Síndrome de Down e Síndrome de Prader-Willi.
Pessoas com disfunções executivas podem enfrentar dificuldades na vida diária, no relacionamento interpessoal, profissional e acadêmico. Alguns dos sintomas de alteração nas funções executivas, são: falta de atenção, dificuldade para planejar e finalizar tarefas, apatia, agitação, capacidade limitada para tomar decisões, impulsividade, dificuldade para regular emoções, despreocupação com normas sociais, entre outros.
As várias habilidades cognitivas que fazem parte das funções executivas podem ser estimuladas e desenvolvidas desde a infância. Neste contexto, o papel da família e da escola é muito importante.
Para melhorar as FEs, invista em:
Além disso, é importante lembrar que pessoas com Transtorno do Espectro Autista e outras condições que ocasionam disfunção executiva devem ser acompanhadas por médicos. As Terapias Cognitivo-comportamentais e, em muitos casos, o tratamento medicamentoso são essenciais para regulação e melhoria comportamental.
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Dias, N. M.; Menezes, A.; Seabra, A. G. (2010). Alterações das funções executivas em crianças e adolescentes. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 1(1), 80-95. (Link)
Dias, Natalia & Seabra, Alessandra. (2013). funções executivas: desenvolvimento e intervenção. Temas sobre Desenvolvimento. 19. (Link)
Hamdan, A. C., & de Almeida Pereira, A. P. (2009). Avaliação neuropsicológica das funções executivas: Considerações metodológicas [Neuropsychological assessment of executive functions: Methodological questions]. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22(3), 386–393. (Link)
Czermainski, F. R., Bosa, C. A., & Salles, J. F. de. (2014). Funções Executivas em Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo: Uma Revisão. Psico, 44(4), 518-525. Recuperado de
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Gazzaniga, M. S., Ivry , R. B., & Mangun, G. R. (2006). Neurociência cognitiva: A biologia da mente. Porto Alegre, RS: Artmed.
Goldberg, E. (2002). O cérebro executivo: lobos frontais e a mente civilizada. RJ: Imago.
Lezak, M.D., Howieson, D. B. & Loring, D. W. (2004).
Neuropsychological assessment. New York, NY: Oxford University Press.
Pliszka, S. R. (2004). Neurociência para o clínico de saúde mental. Porto Alegre: Artmed.
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